Evento abordou temas essenciais para a atuação autônoma de enfermeiros na área cardiovascular
A enfermagem desempenha um papel vital na cardiologia, sendo responsável por grande parte do manejo diário de pacientes cardíacos e pelo suporte contínuo em situações críticas. Com uma atuação que vai desde a triagem até o acompanhamento de tratamentos avançados, os enfermeiros são protagonistas na aplicação de protocolos, assegurando um cuidado integral e humanizado. Nesse contexto, ocorreu o Simpósio de Especialidades em Cardiologia para Enfermagem no último sábado (12/10).
O evento teve início às 13h com a abertura conduzida por Marco Saffi e Cíntia Lazzari, seguida pela palestra de Eneida Rejane Rabelo da Silva, que discutiu a autonomia da enfermagem na cardiologia, destacando os desafios e conquistas da categoria. Eneida enfatizou a importância do protagonismo dos enfermeiros na implementação de práticas inovadoras e na tomada de decisões em contextos críticos.
A mesa-redonda coordenada por Cíntia Lazzari trouxe discussões sobre doenças cardiovasculares em mulheres, com palestras sobre temas como síndromes isquêmicas não trombóticas, apresentadas por Laísa Siqueira Soares; cardiotoxicidade em pacientes oncológicos, com Bruna Machado; e os desafios do cuidado integral à paciente cardiopata gestante, discutidos por Fernanda Chieza. Luciano Ceolin Rosa encerrou a sessão abordando a doença cardiovascular e a transição hormonal.
Em seguida, o painel sobre segurança e inovação na cardiologia, coordenado por Michele Borges, trouxe questões sobre a prevenção de eventos adversos na prática, tema explorado por Juliane Araujo Rodrigues, e o uso de telemetria e inotrópicos em unidades de internação, apresentado por Cláudia Severgnini Eugênio. Belisa Marin Alves concluiu o painel discutindo a implementação e o seguimento de protocolos que aprimoram a segurança e a eficiência no cuidado cardiovascular.
O simpósio seguiu à tarde com o painel sobre liderança e protagonismo dos enfermeiros na cardiologia, coordenado por Eneida Rejane Rabelo da Silva. Rafael Albuquerque destacou o papel dos enfermeiros como agentes de mudança, enquanto Diana Russo abordou o uso do POCUS no manejo da insuficiência cardíaca, demonstrando como a tecnologia pode ser uma aliada importante na prática clínica.
No final da tarde, o simpósio foi concluído com painéis sobre o gerenciamento de arritmias. Paola Severo Romero coordenou a discussão sobre fibrilação atrial, com a apresentação de Daniela Celiva Pedrotti Ribas, que trouxe informações sobre essa arritmia prevalente. Já Patricia Oliveira Dias falou sobre o uso do cardiodesfibrilador implantável, e Giancarlo Calvi apresentou o projeto Cidade Cardio Protegida, uma iniciativa inovadora que visa proteger a população de eventos cardiovasculares graves.
Encerrando o evento, o painel coordenado por Emiliane Nogueira de Souza discutiu tópicos como a otimização da triagem inicial na síndrome aórtica aguda, com Nichollas Costa, e os desafios do choque cardiogênico pós-IAM, explorado por Leticia Orlandin. A viabilidade da oclusão percutânea de comunicação interatrial em recém-nascidos também foi analisada por Lizandra Lagranha, trazendo um olhar clínico e técnico sobre o futuro das intervenções em cardiologia neonatal.
O Simpósio de Enfermagem reforçou o protagonismo dos enfermeiros na área cardiovascular, discutindo inovações e práticas que impactam diretamente a qualidade do atendimento e o bem-estar dos pacientes.
Serviço
Congresso SOCERGS 2024
10 a 12 de Outubro
Centro de Eventos Wish Serrano Gramado
Realização: Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul
https://www.socergs.org.br/congresso2024/
