Aterosclerose é responsável por cerca de 300 mil mortes anuais no Brasil

11/10/2024

Promovido pela Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (SOCERGS), o Fórum DA, realizado nesta sexta-feira (11/10), reuniu especialistas em cardiologia para discutir temas relacionados a essa condição

A aterosclerose, caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias, é uma das principais causas de doenças cardiovasculares no Brasil, sendo responsável por cerca de 300 mil mortes ao ano, segundo o Ministério da Saúde. Embora comumente associada ao envelhecimento, o diagnóstico precoce enfrenta desafios significativos, uma vez que a doença é silenciosa em seus estágios iniciais. Fatores como hipertensão, colesterol elevado, diabetes e tabagismo aumentam o risco de complicações graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), o que reforça a importância da prevenção e do tratamento adequado.

Parte I

A sessão começou com André Zimerman discutindo o tratamento da hipercolesterolemia em idosos na prevenção primária, enfatizando a necessidade de personalizar as intervenções para essa população. Luiz Carlos Bodanese apresentou os benefícios cardiovasculares dos agonistas do GLP-1 na aterosclerose, destacando seu potencial no controle dos fatores de risco. Pedro Pimentel Filho e Ricardo de Gasperi participaram de um debate sobre a controvérsia em torno da realização de angioplastia em placas vulneráveis, abordando os argumentos a favor e contra essa intervenção. Débora Hoffmann Loro destacou que a concentração de lipoproteína(a) é determinada geneticamente, sendo influenciada em mais de 90% pelo gene LPA, e permanece estável ao longo da vida.

"Nos homens, esses níveis se estabilizam a partir dos cinco anos de idade, enquanto nas mulheres, os valores geralmente são 5-10% mais elevados, com tendência a aumento após a menopausa", explicou.

Justo Leivas concluiu a sessão discutindo a indicação de colchicina no manejo da doença coronária, explorando os perfis de pacientes para os quais essa terapia é recomendada.

Parte II

Na segunda parte do "Fórum DA/SOCERGS II", coordenado por Euler Manenti, as discussões focaram em inovações no manejo de dislipidemias e na prevenção cardiovascular. Paulo Eduardo Ballvé Behr abriu com uma palestra sobre a terapia anti-RNA, ressaltando o caráter revolucionário dessa abordagem no tratamento cardiovascular. Fábio Eduardo Camazzola abordou a redução do LDL-C, detalhando quando utilizar diferentes terapias, como estatinas, ezetimiba, ácido bempedoico, evolocumabe ou inclisiran. Carisi Anne Polanczyk deu orientações práticas sobre qual escore de risco cardiovascular deve ser utilizado na prevenção primária. Oscar Pereira Dutra discutiu a importância de iniciar a terapia antilipídica associada logo após o infarto agudo do miocárdio, ainda no ambiente hospitalar. Fabio Alban finalizou a sessão com uma apresentação sobre a avaliação e tratamento da hipertrigliceridemia, essencial para a redução do risco cardiovascular.

“A terapia para redução de triglicerídeos é amplamente reconhecida e deve ser considerada em conjunto com a diminuição dos níveis de LDL. Um estudo recente, o SELECT, que envolveu não diabéticos com índice de massa corporal superior a 27, demonstrou que a administração de 2,4 mg de semaglutida resultou em uma redução de 20% no risco cardiovascular e uma queda de 18% nos níveis de triglicerídeos. Por isso, essa abordagem pode ser uma alternativa valiosa para pacientes obesos com alto risco cardiovascular”, explicou.

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