Ao avaliar a pressão, o volume e a resistência do sangue nos vasos, os profissionais de saúde podem diagnosticar doenças, monitorar a eficácia de tratamentos e desenvolver intervenções minimamente invasivas
A integração da hemodinâmica na prática cardiológica não apenas aprimora a precisão dos diagnósticos, como também transforma o manejo de doenças cardiovasculares, oferecendo aos pacientes opções terapêuticas mais seguras e eficazes. Com o avanço das tecnologias, essa área continua a ser um pilar na busca por melhores resultados clínicos e na promoção da saúde cardiovascular.
Na manhã de sexta-feira, 11 de outubro, o Fórum de Hemodinâmica do Congresso SOCERGS reuniu especialistas para discutir desde a avaliação de condições específicas até as inovações em tratamentos.
Paulo Machado abordou as indicações atuais e a experiência local no tratamento do forame oval patente (FOP), destacando as recomendações atualizadas e as estratégias terapêuticas adotadas em centros do Rio Grande do Sul. Rogério Sarmento-Leite ofereceu uma análise abrangente sobre a realidade da utilização do TAVI no Brasil, enquanto Alexandre Azmus discutiu a complexidade da revascularização completa em pacientes octogenários, uma abordagem cada vez mais comum.
O segundo bloco do Fórum explorou as inovações no manejo de lesões calcificadas e na oclusão do apêndice atrial esquerdo como forma de prevenir AVC, com Ricardo Soccol ressaltando os benefícios dessa técnica na redução do risco de embolia. Por fim, Júlia Cristina Kurtz Teixeira concluiu as discussões com uma palestra sobre o papel da fisiologia coronariana nos laboratórios de hemodinâmica.
“Mesmo após resultados angiográficos excelentes, cerca de um em cada quatro pacientes continua apresentando sintomas de angina, retornando ao consultório dos médicos. Essa realidade aponta para a necessidade de uma abordagem mais ampla no manejo da angina, além da intervenção angiográfica”, afirmou.
