Sessão especial no Congresso SOCERGS celebra os 100 anos do eletrocardiograma

11/10/2024

A evolução do eletrocardiograma, de grandes máquinas para versões portáteis e digitais, reflete o progresso contínuo da medicina e o impacto duradouro da descoberta de Einthoven no diagnóstico e tratamento das doenças cardíacas

O eletrocardiograma (ECG), uma das ferramentas mais relevantes da cardiologia moderna, tem uma trajetória que remonta ao final do século XIX, quando o fisiologista holandês Willem Einthoven, em 1903, desenvolveu o primeiro equipamento capaz de registrar a atividade elétrica do coração. Esse avanço revolucionário permitiu a identificação e o diagnóstico de diversas condições cardíacas de maneira não invasiva. Ao longo das décadas, o uso do ECG se disseminou globalmente, chegando ao Brasil nas primeiras décadas do século XX, onde foi rapidamente incorporado por médicos e instituições, tornando-se um exame fundamental para o cuidado cardiovascular no país.

Durante a sessão especial "100 anos depois do Nobel do Dr. Einthoven: Eletrocardiograma e Dispositivos Cardíacos", realizada no final da manhã de sexta-feira (11/10) e coordenada pelos especialistas Eduardo Bartholomay Oliveira e Maurício Pimentel, cardiologistas discutiram avanços e desafios na aplicação clínica do ECG e de dispositivos cardíacos. Anibal Pires Borges iniciou a discussão destacando os critérios ideais para o bloqueio de ramo na indicação de ressincronização cardíaca. Na sequência, Adriano Nunes Kochi exemplificou como a análise do exame e dos dispositivos pode complementar o diagnóstico em casos de taquiarritmia em emergências.

Em sua palestra, o Dr. Roberto Tofani Sant’Anna sublinhou a importância de avaliar adequadamente os parâmetros eletrocardiográficos e dos dispositivos para garantir uma ressincronização cardíaca eficaz.

“Fatores como a estimulação atrioventricular, a presença de arritmias e a baixa dose de estimulação são algumas das razões que explicam por que muitos pacientes não respondem satisfatoriamente ao tratamento. Esses pontos críticos devem ser observados para assegurar a otimização da terapia”, detalhou.

Edimar Dall'Agnol de Lima encerrou o painel, discutindo a relevância da estimulação do sistema de condução e como o ECG pode ser utilizado para monitorar e ajustar o processo de ressincronização.

História

Willem Einthoven, médico nascido nos Países Baixos, foi agraciado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1924. Ele descobriu o mecanismo do eletrocardiograma em 1885. Após desenvolver o galvanômetro de corda, Einthoven descreveu as características eletrocardiográficas de várias doenças cardiovasculares. Mais tarde, dedicou-se ao estudo da acústica, especialmente os sons cardíacos.

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